terça-feira, 12 de abril de 2011

A METAFISICA DO RANCOR

“Só peru morre na véspera!” – diz o adágio popular, fazendo referência ao fato de que ninguém desencarna antes que chegue o seu dia.
Na realidade ocorre o contrário. Poucos cumprem integralmente o tempo que lhes foi concedido pelo Divino. Com raras exceções, o homem atravessa a existência terrena pressionando a máquina corpórea, a comprometer sua estabilidade.
Destruímos o corpo de fora para dentro com os vícios, a intemperança, a indisciplina... O álcool, o fumo, o tóxico, os excessos alimentares, tanto quanto a ausência de exercícios, de cuidados de higiene e de repouso adequado, minam a resistência orgânica ao longo dos anos, abreviando a vida física.
Todavia, muito pior é destruirmos o corpo de dentro para fora com o cultivo de pensamentos negativos, idéias infelizes, sentimentos mesquinhos e desequilibrantes, envolvendo ciúme, inveja, despeito, pessimismo, ódio, rancor, revolta... Há indivíduos tão habituados a reagir com irritação e agressividade, sempre que contrariados, que um dia “implodem” o coração em enfarte fulminante. Outros, inobstante terem tido todas as benesses e oportunidades da vida, “afogam” o sistema imunológico num dilúvio de mágoas, ressentimentos, perseguições, rancores, depressões e angústias favorecendo a evolução de tumores cancerígenos.
Tais circunstâncias fatalmente implicarão em problemas de adaptação, como ocorre com os suicidas. Embora a situação dos que desencarnam prematuramente em virtude de intemperança mental e física, seja menos constrangedora, já que não pretendiam a morte, ainda assim responderão pelos prejuízos causados à máquina física, que repercutirão no perispírito, impondo-lhes penosas impressões.
Como sempre, tais desajustes refletir-se-ão no novo corpo, quando tornarem à experiência reencarnatória, originando deficiências e males variados que atuarão por indispensáveis recursos de reajuste.
Não somos proprietários de nosso corpo. Usamo-lo em caráter precário, como alguém que alugasse um automóvel para longa viagem. Há um programa a ser observado, incluindo: roteiro, percurso, duração, manutenção. Se abusarmos dele, acelerando-o com indisciplina e tensões, envenenando-o com vícios, esquecendo os lubrificantes do otimismo, da fraternidade, do amor ao próximo, do altruísmo, do bom ânimo, fatalmente ver-nos-emos às voltas com graves problemas mecânicos. Além de interromper a viagem, prejudicando o que fora planejado, seremos chamados a prestar contas dos danos provocados num veículo que não é o nosso.
O artigo que acabo de transcrever, foi retirado do Livro Espírita de Richard Simonetti, intitulado “QUEM TEM MEDO DA MORTE”? Publicado pela editora LUMINI, e que já vendeu mais de 200.000 exemplares.

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